Manhãs de novembro

Tenho contemplado diversas manhãs,

Cor de tulipas alemãs,

Em que dou bom dia ao sol e a você,

Que tenho certeza, ainda dorme, longe de mim, sem querer.

Em um esforço único, disfarço a tristeza de estar só,

Bem que o dia podia ser chuvoso, não seria pior.

Do meu beijo de bom dia, tenho dó,

Que daqui um tempo, não seja mais, por impaciência, o melhor.

Eu chamo por você que não está,

Cores de rosa invadem o quarto devagar.

Cinco da manhã, quem diria,

Que noutros tempos, veria chegar.

É mais uma noite em claro, que passo a velar-te,

Tentando descobrir em minhas deduções, como você está.

Não chego nem perto do que queria dar-te,

Em cada manhã como esta, que virá.

Em novembro, nada é igual,

Devia haver, raios, trovões e temporal.

Enquanto ainda não está aqui comigo,

Enquanto, e quanto me faz falta, teu abraço-abrigo.

-- Escrita em 04/11/2002 --

Três anos atrás.

Flávia Jobstraibizer
Enviado por Flávia Jobstraibizer em 03/11/2005
Código do texto: T67021