Nada mudou
Não importa o silêncio nem a distância
A ausência sabe que é uma mera circunstância
Qualquer empecilho beira a irrelevância
O que sentimos é que tem importância.
O caminho bifurcou, mas se reencontra à frente
A fruta que caiu deixou sua memória na semente
A água que turvou aos poucos volta a ser transparente
O antigo elo reassume seu lugar na inquebrável corrente.
O tempo mascara, arrefece, ludibria mas não pode apagar
Ele protege o Amor para que possa triunfalmente retornar
Os corações gritam o que a superficial aparência insiste em calar
Esqueçamos as mágoas e enganos, é hora de apenas os escutar.