Gênesis
E do caos surgiu a luz
Do silêncio, o doce blues
Inéditas matizes azuis.
Da quietude, veio a vontade
Na cela aberta, notou-se a liberdade
No ar, pulsava novamente a deidade.
No espelho, o sorrateiro Narciso
No rosto , um vislumbre de sorriso
Um primeiro passo com improviso.
Caem as defesas e barreiras
Começam a derreter as geleiras
Levantam-se inéditas bandeiras.
Novamente, como se fosse a primeira vez
Sem inseguranças ou medo, com altivez
Crendo no sim, como evolução do talvez.
Apostando todas as fichas sem receio
Célere, decidido, tirando a mão do freio
Consciente, sem resquício de devaneio.
Curado de todas as mágoas e dores do passado
Voltando a semear um terreno que estava arrasado
Ansioso para (re)conhecer o Amor ao seu lado.