Poema da Negação

Olhei, vi um céu sem estrelas.

E a dignidade de meus sonhos

Deixada para depois.

Percebi o amor jogado ao léu

Nas mãos de quem tudo tem

- Tudo – Tudo – Tudo!

Na escuridão mergulhara o provo

Revivendo de novo eras tão sofridas

Existidas no século que se foi.

- Tudo – Tudo – Tudo!

Desfazem-se sonhos havidos

Conseguido na contramão da história

Utilizam-se como afirmativa a negação

- O poeta está morto, cultura morta -

Nos ditames da santa intervenção.

- Nada – Nada – Nada!

Nada mais resta senão o afago da esperança

Que na andança do tempo

De lamento em lamento se apresenta intacta

Diante da negação da Ciência, da história,

E da tecnologia que jamais mentiram à humanidade.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/08/2019
Reeditado em 04/08/2019
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