O Rapto da Sonambula

Ao chegar naquela noite,
Muito tarde se fazia,
Entre surpreso e curioso,
Um vulto distante eu via.
O coração disparou,
Pois a cada passo que eu ia,
Com mais detalhes eu via,
O que o destino mandou.
Uma mulher tão bonita,
Jamais podia esperar,
Naquela noite bendita,
No meio da praça a dançar.
Sua dança era singela,
Seu corpo de linda gazela,
Bailava solto ao luar,
Sem com nada se importar.
Chegando um pouco mais perto,
Eu que estava desperto,
Consegui então notar,
Que a linda dançarina, ali estava a sonhar,
Sonhava por que dormia?
Ou estava desperta a sonhar?
Chegando juntinho a ela,
Percebi que as suas vestes,
Eram vestes de dormir.
De repente eu quis fugir.
Mas logo me arrependi,
Não podia me furtar,
Dos sonhos daquela moça,
Uma vez participar,
Foi então que resolvi,
Ao meu leito lhe levar,
Com flores pra perfumar,
Com sonhos pra colorir.

Publicado na 1ª Antologia Poética do Recanto das Letras – Volume 2.
Luís Lisbello
Enviado por Luís Lisbello em 04/08/2019
Reeditado em 12/09/2019
Código do texto: T6712178
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