Existe

Existe.

E como ainda acreditar?

Se tudo já é como não está.

E como ainda insistir,

Se em tudo o que resta é o sonhar.

Estou presa a fé que me sustenta,

E pelo braço, eu seguro a esperança.

Estou ao relento do que sobrou de um dia frio.

Mas amanhã vai nascer o sol,

Brilhante e imponente.

E ele ressuscita todos os meus sonhos,

E a luz reabastece todos os meus encantos.

Enquanto houver qualquer coisa de mim,

Vou viver e cantar.

Existe, e eu sei que existe.

E está além da realidade,

Pois está bem próximo de mim.

Vivo na linha tênue entre ser e sentir,

No espaço que há entre a loucura e sabedoria,

Na vaga que existe entre razão e emoção,

Na estrada onde andam de mãos dadas a realidade e os sonhos.

Débora Andrade