Chegou de mansinho sem fazer alarde,
desfilou nas janelas da sala, acariciou as almofadas,
olhou intensamente para além dos meus olhos
como quem traz um recado de longe,
escreveu poesias no ar,
algumas, 
profundas demais para asas tão jovens,
antes de partir ainda tingiu um frescor de manhã,
desses que acordam sorrisos nos lábios
Não me deixou outra saída, a não ser
retirar as pedras do silêncio
e questionar intimamente a Deus
— Por que tudo me faz lembrar você ?

 





DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 29/08/2019
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