SBELI
Ah, ausência, que toma o corpo, que tramita os espectros da noite
Que de querê-la tão perto...
Choro meu choro e rio o meu riso ofegante
E nada faz sentido!
Em algum lugar encontro tua foto
E teu sorriso que qual arco-íris exala o eflúvio do orvalho da manhã
Cintilando, rutilando tua chama
Os teus olhos brilham entre estrelas...
E pergunto à noitinha...
“Onde está minha querida e amada
Que de tanto querer foi matando-me aos poucos...”
Tal seria se não houvesse distância
Entre os teus passos e os meus
Eu diria ao meu coração apaixonado...
“Encontrei-a andando pelas ruas da minha solidão”
Vem, aquece-me com teu corpo
Beija-me com teus lábios de mel!
Segura-me em teus braços e me acaricia o rosto, pois sofro de amor
Estou carente de você
Observo teu rosto hirto
As tuas palavras se amalgamam
Ao restinho que sobrou de mim
Estou deitado no campo, os lírios são meus companheiros
A relva das campinas brada teu nome...
“Sbeli, Sbeli”
Então observo as estrelas e deixo o vento me levar
Como num sopro e de repente
Estou a teu lado
Há doçura em teu olhar, que de tão cândido
Faz-me duvidar da realidade