espelho

a noite em casa defronte ao espelho

todos os medos voltam a ter vida

o creme demaquilante retira

a máscara que encobre os seus medos

as verdades por de trás do vermelho

e ela chora a dor de um amor ausente

rasga o sorriso que deu de presente

esconde as lágrimas de desespero

colhidas pela face sem esmero

os pobres olhos de um coração doente

se lembra que o tempo passou rápido

engole o sal que desce pela boca

e chega a pensar que pode estar louca

a pele enrugada desbota no ácido

seu corpo no espelho se torna flácido

as cores que sujam o algodão

deixam vestígios na palma da mão

segredos que ninguém pode saber

que nem mesmo o sabão pode esconder

sofrências da mulher em solidão.

GENTIL POETA BRASILEIRO
Enviado por GENTIL POETA BRASILEIRO em 01/09/2019
Código do texto: T6734891
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