Ternura

Eu queria dizer da ternura dos nossos dias

Com as palavras lindas e doces da infância

Porque é assim que te amo:

Com o coração da menina que hoje é uma

[mulher.

Perdão se te amei assim de repente.

Não agradeça. Aceite. É apenas amor.

As cordas do meu violão empoeirado

Tocam novas melodias

Compostas em Ré e Mi.

Meus croquis estão repletos

De carros antigos

E prédios novos.

Eu prometo não deixar de amar

Teus olhos em conflito

Que sempre querem me dizer algo.

Eu prometo aprisionar teu corpo

No meu cativeiro,

Porque me olhei com teus olhos

E me vi como água desejada.

Se eu te pareço desordem

Cola-me tua boca sem altivez

E recebe a doçura do amor

Dos que aceitam melancolicamente,

Dos que amam de longe sem exaspero,

Dos que sentem saudade diária sem

[tragicidade,

Dos que transformam mãos dadas em

[cumplicidade.

4/8/19

Hilda Maia Valentim

Hilda M Valentim
Enviado por Hilda M Valentim em 01/09/2019
Código do texto: T6734910
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