Olhos cheios de tristezas

O mundo não me reserva nada!

Nem sorte,

nem amores improváveis, muito menos o alívio do fardo carregado

que doem aos ombros

curvando-nos a cabeça em eterna reverência.

O açoite marca o meu dorso,

sangrando,

abrindo feridas incuráveis na pele branca

de alma negra revestida

pela doçura dos olhos cheios de tristezas.

Os espinhos ferem os pés descalços,

andante promesseiro,

transpirando o suor da fé

na incerteza da “dádiva graça”

de crer no impossível.

Os elos das correntes quebraram-se,

libertou-se o que se havia encarcerado,

ressurgiu,

Houve uma segunda chance,

um passo para a redenção

do cárcere imposto pela própria vida.

Luis Fernando Poeta
Enviado por Luis Fernando Poeta em 08/09/2019
Código do texto: T6740501
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