Barco à deriva

Tão quão vos pertenço em tudo de mim,

Que já não sei de mim

Nem aonde deveria estar.

Sei apenas que fui envolvido na mais tenra teia,

Que me prendeste nesta cela fria

Como uma criança indefesa

A proteger-se do frio

Nos braços quentes do amor.

Não temerei mal algum,

Mas estou só entre as fileiras insensíveis da solidão,

Tu me deixaste morrer na dor do meu coração

Feito um barco à deriva

Escolhendo o rumo do infinito.

Luis Fernando Poeta
Enviado por Luis Fernando Poeta em 09/09/2019
Código do texto: T6741331
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