Lágrimas de sangue

Os pinceis pintam em tela branca manchas coloridas,

Borrões tingidos em misturas de cores

Que surgem do nada

E transformam a escuridão das palavras em versos.

Eu tomo em minhas mãos a dor que me consome,

Tiro os meus sapatos para andar descalço sobre a grama

E desalinho os meus cabelos para culpar o vento que passa

Pela solidão fria e indesejável que atormenta

Deixando o meu coração tristonhamente mortificado.

Não queria ser um poeta com lágrimas de sangue,

Tão pouco um zumbido entre às árvores frondosas de Ipê,

O que verseja entre os lábios

É o som da minha voz no entardecer

Que modifica a paisagem

Na despedida do sol ao nascer do luar de prata no horizonte.

Os pinceis pintaram a tela branca com manchas coloridas,

Surgiu o teu rosto,

Vindo da sombra,

Do sonho que eu sonhei arrependido.

Luis Fernando Poeta
Enviado por Luis Fernando Poeta em 09/09/2019
Código do texto: T6741334
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