Demasiadamente tarde

A morte não me trouxe saudade das batalhas,

não sei mais como lutar

e vejo as minhas forças esvaírem-se

como água pela correnteza.

A morte não abriu os meus olhos para a verdadeira realidade,

os dias ainda são obscuros

e o tremor das minhas mãos

são tão visíveis

quanto o medo que tenho de sorrir.

A morte não me revelou os segredos tempestuosos,

o meu coração permanece tão vazio

como jamais deixará de ser ...

Meu grito permanecerá preso na garganta

e o silêncio concordará com a minha penitencia

de viver para contar às estrelas.

A morte não fará de mim um verso inacabado,

eu voltarei sobre o pretexto do não contentamento,

em não querer ser eterno,

de fazer da solidão um refúgio,

de chorar copiosamente os meus temores

e abraçar o amor

antes que seja demasiadamente tarde.

Luis Fernando Poeta
Enviado por Luis Fernando Poeta em 12/09/2019
Código do texto: T6743710
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