Caos
desta avassaladora onda de desespero. Veio feito um clarão no céu,
mistérios na escuridão da noite
revestidos de medo
em náuseas e ânsias
pela fétida fornalha de corpos.
Eu vi nascer no horizonte a marca do mal,
precipitou-se sobre nosso destino
pragas e maldições do tempo
que escorrem para o fundo do precipício
o mergulho da morte do último grande herói.
Abrem-se fendas no útero dos mares,
não existem verdades, nem meias verdades,
o fogo queima e consome o rosto da esperança,
enquanto nos afogamos
nas margens do leito seco dos lábios da sede.
A terra estérea não frutifica,
o mundo verde acinzentou-se no sufrágio,
não haverá luz,
apenas o brilho de olhos arregalados,
amedrontados pela destruição,
colapsado pela força negra