A Espera
O tempo corre
A vida se vai
Lembranças te enlaçam
E roubam sua paz
Amores vividos
Não mais celebrados
Nem alimentados
Se rendem ao tempo
Se fecham aos anseios
Ninguém se importa
Com o que não é vivido
Pois buscam apenas
Travar sentimentos
Bem aproveitados.
Quem pode explicar
O medo da dor?
De dias felizes que fora impedidos
Sem causa, sem guerra
Sem uma explicação,
Mas que foi motivo de celebração
Para alguém que até hoje oportuna-se dó
Sem pensar no processo que rasga por dentro
Um ser solitário
Que de perto o observa
Numa vida feliz.
Que sente esse alguém
De palavras mansas?
Que sem mostrar maldade
Porém sem pensar
No que o outro sente
Encoraja à uma vida
Solitária e sombria que nunca viveria
Pois em todos os seu dias
Tem aconchego e calor
Carinho e amor e um deleite em família.
É fácil pensar
Que a vida é boa
Que o dia é feliz
Quando é o outro que sente
Solidão e vazio.
E para não ser um fraco
Ter que viver contente
E atender aos pedidos
De quem é preenchido e vive feliz
Pois quem mostra fraqueza
Não tem capacidade
De se socializar.
Sorriso bonito
Sempre pronto a atender
Mas ninguém se importa
Se há um vazio dentro de você
Pois cada um deles
Já possui sua vida
E a sua solidão
Não lhes é um problema
Pois é fácil viver.