A voz certa

Ahh, mais que barulho infernal

Dessas vozes todas a me chamar

Mesmo que de amor

Que barulho, meu nome sai tão desafinado

Quando não é recitado por ti

Este som, até erra a porta, e passa reto

Pela minha janela

Nem sequer balança as pétalas das

Flores azuis

Nem sequer passa pela minha pele

Ou faz brotar um sorriso

Tampouco os olhares dos que muito

Me conhecem direcionam-se para mim

Nem apresso meus passos

Para colocar um banco na calçada e ali ver a tarde cair

Que barulho, que desconforto

O silêncio inquietante fala

Será que já vem?

Vamos esperar um pouco mais?

E adormecemos no sofá

Com janelas abertas

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 24/09/2019
Reeditado em 31/10/2019
Código do texto: T6752956
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