Celular
Atualmente só se olha para a palma da mão
Parece que está vendo Deus no espelho
Atravessa sinal fechado, anda na contramão
E se alguém diz algo responde com ingratidão. .
A mente já não obedece o instinto
Envereda-se pelo planeta virtual
A porta de entrada é tela do celular
A coordenação motora já não responde mais.
O automóvel ziguezaguea pela avenida
A motocicleta abaloada voo feito avião
O automóvel entrou embaixo da carreta
Da motocicleta caiu o corpo e da alma nada sobrou
Curva-se o pescoço para olhar a maldita tela
A coluna vertebral criada a suportar certo peso
Passa a suportar o que não pode aguentar
E o sujeito se torna do nada eterno corcova.
Noticia a toda hora na palma da mão.
Desenho, imagem, vídeo e belas canções
Que podem ser degustadas pelos ouvidos
Já não sei se a tela é bendita ou maldiçoada.
Cuide-se do corpo, porque a alma é virtual
Ao atravessar respeite semáforo e faixas
Para o carro não te atropelar, preserbar a vida:
Essa voz e minha, essa voz é sua. Vamos nos amar!