Celular

Atualmente só se olha para a palma da mão

Parece que está vendo Deus no espelho

Atravessa sinal fechado, anda na contramão

E se alguém diz algo responde com ingratidão. .

A mente já não obedece o instinto

Envereda-se pelo planeta virtual

A porta de entrada é tela do celular

A coordenação motora já não responde mais.

O automóvel ziguezaguea pela avenida

A motocicleta abaloada voo feito avião

O automóvel entrou embaixo da carreta

Da motocicleta caiu o corpo e da alma nada sobrou

Curva-se o pescoço para olhar a maldita tela

A coluna vertebral criada a suportar certo peso

Passa a suportar o que não pode aguentar

E o sujeito se torna do nada eterno corcova.

Noticia a toda hora na palma da mão.

Desenho, imagem, vídeo e belas canções

Que podem ser degustadas pelos ouvidos

Já não sei se a tela é bendita ou maldiçoada.

Cuide-se do corpo, porque a alma é virtual

Ao atravessar respeite semáforo e faixas

Para o carro não te atropelar, preserbar a vida:

Essa voz e minha, essa voz é sua. Vamos nos amar!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 27/09/2019
Reeditado em 28/09/2019
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