POESIA
(Sócrates Di Lima)
Olho a Lua na madrugada,
que me faz prostar diante do sseu encanto,
minha alma em versos faz-te minha amada,
Lua, menina que vem no seu belo canto.
Poesia, minha doce companhia.,
Pode ser noite, madrugada ou dia.,
Surge na minha mente apologia,
Ao amor, a paz e a alegria.
Doce fantasia de mim,
Descreve-me e me revela.,
Decifra-me em versos de marfim,
Faz-me pintar em palavras a imagem dela.
Poesia...
lançadas no livro da sagrada liturgia,
Canções de amor em verso.,
Poesia... Inebria a magia,
Eu em laudas no seu universo.
Minha poesia,
cânticos de poemas sem fim,
Recitais de amor que desvenda a alma minha.,
Eu na poesia, a poesia em mim,
Faz-me poeta e o poeta em mim faz moradia.
Laços de amor e saudade,
Escritos nas palavras sábias.,
Penas que ao coração cabe,
Escrevê-la como contos das Arábias.
Histórias de amores nunca vividos,
Transcritos nos anais do coração.,
Realidades de amores existidos.,
Que da memória jamais se apagarão.
Eu tenho em ti mulher, minha poesia,
E o amor desenhado em poemas.,
Como livros e quadros pintados com maestria,
Eu vivo a minha poesia como meus temas.
Sem amor não há poeta e nem poesia,
Sem o poeta a poesia não faz n’alma festa.,
Ambos são fragmentos da vida em sinfonia,
Cantando o amor e a dor da alma do poeta.
E quando a Lua se abre tímida,
imensa, bela e fogosa,
sinto em mim a sua poesia nascida,
dentro de uma saudade rochosa.
Serás então minha doce menina,
Um poema de Lua em flor,
O que foi passou o que vem fascina,
Nova menina que pode vir,
e sentir,
a minha poesia de amor.