*** EXPLÍCITO ***
O relógio apontam minutos
Que marcam o tempo...
Desatam tristezas
Cicatrizam feridas
Secam lágrimas
Renovam esperanças
Desvendam segredos
Sepultam mágoas
Superam temores
Dispersam dúvidas
Trazem verdades
Desnudam desejos
Fragmentam pudores
Tempo
Misterioso senhor das horas fracionadas
Impiedoso assinala
Quimeras e fantasias
Tempestades e calmarias
Êxtases e agonias
E nos faz cúmplices
Em noites de lua
Verso e reverso
De moeda antiga
Instintos felinos
Feitiço...
Que embriaga
Alucina...
Tempo
Que traz no sussurrar do vento
O lamento da espera
Por tuas mãos precisas
A deslizar em meus seios
Da rigidez do teu corpo.
Pulsando em meus dedos
Palavras profanas em meus ouvidos
Tua pele em pelos
Malícias, temperos, suplícios
Roupas rasgadas, esparramadas
Da fúria incontida da sua libido
No cansaço do ato
Onde nada é obsceno ou proibido
Tempo
Que carrega nos braços cada momento que vivi
E ainda sinto em mim
Teu cheiro...
Teu beijo...
Eu flor...
Você colibri...
Grata, pelo carinho da sua interação, POETA OLAVO
"O tempo que o tempo tem // É o tempo que a gente tempo // Aproveite o tempo muito bem // Enquanto o seu tempo vem."
Grata, pelo carinho da interação, Joel Marinho
"O tempo que rega a vida/Conhece os nossos segredos/As vezes nos causa medo/Causa e nos sara feridas/O poeta já nos fala/Que o velho "tempo não para"/Não descansa e não tem sorte/Talvez ele inveje o homem/Que vive, descansa e some/E a ele não quer nem a morte."