Devolutione
Lendo essas poesias, fico a questionar.
Que mulher será essa
Que não quis ser amada
Que nunca soube amar?
Mas, a dor de que fala o poeta
Foi a dor que a mulher sentiu
Vista através de um espelho
Que o egoísmo do poeta refletiu
A dor que sentiu o poeta
Não é a dor do seu amor
É dor de quem viu tão tarde
A dor que seu desamor causou
Quando o traje da vaidade que usava
O seu próprio destino lhe tomou
Pode ver o poeta, que o amor que desprezara!
Era o amor com que sempre sonhou
Assim as dores se confundiram
E se transformaram numa única dor
O poeta fez da sua poesia
E a mulher ainda pelo seu amor se calou.
Todo dia é um novo dia
Hoje o sol me convida à alegria
E a noite, a lua me protegerá da solidão
Ao amanhecer,
O confuso pássaro amarelo me acordará
Antes da hora
Anunciando mais um belo dia
Para os que sabem amar,
Para os que sabem ser e viver,
Todos os dias.