Devolutione

Lendo essas poesias, fico a questionar.

Que mulher será essa

Que não quis ser amada

Que nunca soube amar?

Mas, a dor de que fala o poeta

Foi a dor que a mulher sentiu

Vista através de um espelho

Que o egoísmo do poeta refletiu

A dor que sentiu o poeta

Não é a dor do seu amor

É dor de quem viu tão tarde

A dor que seu desamor causou

Quando o traje da vaidade que usava

O seu próprio destino lhe tomou

Pode ver o poeta, que o amor que desprezara!

Era o amor com que sempre sonhou

Assim as dores se confundiram

E se transformaram numa única dor

O poeta fez da sua poesia

E a mulher ainda pelo seu amor se calou.

Todo dia é um novo dia

Hoje o sol me convida à alegria

E a noite, a lua me protegerá da solidão

Ao amanhecer,

O confuso pássaro amarelo me acordará

Antes da hora

Anunciando mais um belo dia

Para os que sabem amar,

Para os que sabem ser e viver,

Todos os dias.

Robert Jorge
Enviado por Robert Jorge em 02/10/2007
Código do texto: T678064