Ó Minhas Gerais
Vou cantar e me encantar
Quando ali eu voltar
Libertar-me das amarras
Do meu existir
Trilhar por caminhos abertos
Para o amor livre seguir
Nos clarins das alterosas
Cantar em versos e prosa
Ó Minas Gerais!
Que apesar de tanto tempo
Eu não esqueço jamais
Montado num burro bravo
Com meu cachorro campeiro.
Mesmo chegando depois
Na corrida era eu o primeiro
Ouvia o canto da seriema
Bem pertinho do terreiro
Minhas Gerais amor primeiro
Boiada e boiadeiro se foram
Agora só resta a lembrança
Do meu tempo de criança
A antiga e velha paineira
Nos confins do meu sertão.