Soneto de libertação
Não quero ser a corrente que ao chão
Prende teus pés e impede teu caminhar
Por isso, rompo os elos que estão a nos ligar
Libertando-te para seguires teu coração.
Não posso ser a gaiola que te cerceia
O direito ao voo pelos ares da liberdade
Escancaro-me, pois, para que rumo à felicidade
Possas ir, livre de qualquer coisa alheia.
Não desejo ser a âncora que ao fundo,
Puxa-te, do imenso oceano da vida
Pois és navio que merece circundar o mundo.
Portanto, desprendo-me, apesar da dor sentida
E podes singrar, leve, os mares da Existência
Eu? Partirei também, tendo-te como linda experiência.
Cícero – 13-11-2019