Soneto de libertação

Não quero ser a corrente que ao chão

Prende teus pés e impede teu caminhar

Por isso, rompo os elos que estão a nos ligar

Libertando-te para seguires teu coração.

Não posso ser a gaiola que te cerceia

O direito ao voo pelos ares da liberdade

Escancaro-me, pois, para que rumo à felicidade

Possas ir, livre de qualquer coisa alheia.

Não desejo ser a âncora que ao fundo,

Puxa-te, do imenso oceano da vida

Pois és navio que merece circundar o mundo.

Portanto, desprendo-me, apesar da dor sentida

E podes singrar, leve, os mares da Existência

Eu? Partirei também, tendo-te como linda experiência.

Cícero – 13-11-2019

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 14/11/2019
Reeditado em 15/11/2019
Código do texto: T6794858
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