Nada se perde
Afaguei o tempo
Contra o vento naveguei
Delineei o pensamento
E das tormentas me livrei.
Estrelas voavam sozinhas
Sem ajuda minha o sol se abriu
E pouco a pouco
No universo o amor ressurgiu.
Tentei abraçar o infinito
Mas não deu
Que sou eu esse ser tão bonito
Que por amor limita o sonho seu.
Mas uma vez acarinhei o tempo
Esqueci lamento que ele me deu
Conjuguei o amor implícito
No devaneio acrítico dum fariseu.
Esse verso é meu, esse olhar é teu sobre mim.
“Na natureza nada se perde,
Tudo se transforma...” Em matéria viva
Ou morta que o tempo ainda não deu fim.