no differences, no choices

Ainda não joguei fora suas cartas, não tive coragem, toda vez que olho seu retrato me remete às lembranças dos momentos que vivemos juntos. Vi suas fraquezas, mesmo quando você não permitia.

a lot time later...

Talvez nunca tivesse sido amor. Era amor à sensação de liberdade ao seu lado, coisa que não durou tanto tempo, já que passei a ficar aprisionada à você. Só me dei conta quando percebi que não via mais as coisas que costumávamos assistir, quando eu me vir mudar e você continuar da mesma forma. Foi só quando eu tentei buscar diferença em algo que sempre tinha sido igual. Eu mudei, você me mudou, mas continua, ainda sim, o mesmo.

Eu costumava achar que as coisas seriam diferentes, até perceber que não fazíamos nada por isso, deixou de ser diferente quando nós fizemos igual, de novo, e de novo, e de novo. Deixou de ser diferente no momento em que percebi que nunca ia mudar aquilo que já não fazia diferença. Você vai continuar no porta retrato que eu guardo naquela caixa bem no fundo do meu guarda roupa. Eu nunca abro aquela caixa, mas sei que ela sempre vai estar ali.