*** SILENCIOSAMENTE ***
A saudade abraça
Consome... Maltrata
A ausência te traz tão perto
Que sinto o sabor
Do que te vai na alma
Percorro labirintos... Suplícios
Deflóro tua calma
Nesse estranho mundo
De êxtases insanos
E mudos beijos
No teu olhar travesso
Como manto que aconchega
Teço refúgios
Entrelaço teus sonhos aos meus
E com habilidade de um oleiro
Molda meus desejos aos teus
Como andarilha sigo
Procurando por abrigo
Pedindo proteção
Buscando direção
No teu olhar, tuas mãos
Teu corpo, teus anseios
Silencia com volúpia
Minhas palavras
Apossa-te sem medo
Entrega-te pleno
Sou vassala no teu reino
Que seja o passado
Leve lembrança
Em nossa memória
E lavraremos
Com tinta ouro
Nossos dias
Nossas horas
Nossa história