Passo, compasso, impasse.

Anestésicos invadiram o meu corpo de modo sutil

Não estava adoentado, nem tão pouco hospitalizado.

Talvez doente, mas por amor, reflexos do que você deixou.

Talvez acidentado, após a queda do nosso tombo, encontro-me machucado.

Uma eufória na qual não consigo explicar...

Teu jeito, sem jeito, de modo como quieto..

Aquela safadeza que fica no ar...

Meu pensamento, tão inquieto, depois do encontro...

Naquele dia, naquele momento, naquele lugar...

Nosso impasse, meio sem passo, seguindo o compasso.

O que será de nós? O que será enfim?

Talvez não deslumbre um romance, mas fique nesse impasse sem fim...

Anestésicos, na alma, no corpo, no ser...

É ilusão que nos faz persistir...

Talvez, quem sabe, um dia, talvez...

Vire um amor, louca paixão.

Mas enquanto a noite raia por aí

Vamos nos divertir

Nesse passo, do mesmo compasso...

Nesse impasse, de um passo de dança.

Nunu Costa
Enviado por Nunu Costa em 14/12/2019
Código do texto: T6818519
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