Nomeie
Os olhos povoam pequenas cidades
de lagos azuis e de fina garoa
de matas escuras com raios de sóis
manchados de verde que formam lençóis
macios que o vento, soprando, ecoa.
Seu corpo ferino, torneado, febril
carrega no peito a marca da guerra
a pele morena que guarda lampejos
abraços de vida, sorrisos, os beijos
da moça mais linda da face da Terra.
Não sei mais quem sou, somente observo
a dança perfeita que os pés executam
a forma que move os teus braços fortes
de modo que espio por entre os recortes
dos meus dedos trêmulos até que sucumbam.
De longe me prostro, sorrio, observo
não sei se no fundo te sentes notado
embora de forma alguma admita
no meu coração há um laço de fita
que aperta mais forte ao ter-lhe em meus braços.