O sonho do amor perfeito e o castelo

Tem coisa mais dolorosa do que quando o sonho do amor perfeito se desfaz? Talvez não. Usando uma alegoria, seria como você admirar e viver em um castelo Belo, seguro, luxuoso, de fazer invejas a qualquer sonho de fadas, e depois simplesmente vê tudo aquilo explodir, desitegrar-se.

Quando um grande amor deixar de existir, quando este se esvai de nosso peito, leva com ele um pedaço de nós. É como se morrêssemos um pouco. Lágrimas, tristeza e dor, torna-se companheiras indesejadas, mas cotidianas.

E temos lembranças e saudades, de quando construímos junto com a amada(o) um castelo de sonhos que nunca vingou. Afinal, a vida, nem sempre é de sonhos, e a realidade quase sempre nos acerta, de forma a produzir um efeito contrário, tentando extrair de nós o acreditar, o sonhar.

Estes sonhos de que falo, não é algo impossível, utopias, apenas o abraço confortante e acalorado do ser amado, o amor humilde mas verdadeiro, sem máculas, sem mentiras, sem traições ou falsos pretextos. Mas isso são sonhos, talvez devaneios de poetas que escrevem enquanto rasgam a madrugada a refletir.

Talvez, também, já não exista mais castelos, já não exista espaços assim, não sei se físicos, mas principalmente nos corações dos amantes. Enquanto a nós, poetas que sonhamos, ficamos na companhia da solidão de nossas palavras, mas pelo menos com a reconfortante sensação de sonhar ou tentar.