TEMPO...

Tempo, que conta o tempo de ter tempo...
que se perde e esvai-se no próprio tempo
e se pensa e sonha que vai dar tempo,
de viver e amar abundantemente nesse tempo.

Tempo que se divide em amargura e esperança,
que leva amores e devora em dores a alma,
faz do tempo, um tempo de vivenciar lembrança,
ajudando a esquecer e transformar-se em nada.

Tempo de quimeras, de sorrisos e anseios,
conta o tempo da face humana e traz as rugas,
o mesmo tempo, que converte em devaneios,
o sofrimento dos que trazem a mente pura.

Tempo que não para, voa como tufão atroz
e vai roubando o tempo de viver uma paixão,
de tempo em tempo revelando-se vil algoz.
Oh! Tempo, que se diz ser o tempo da razão.

Quem dera voltar no tempo pra viver novos dias,
Começar tudo de novo, experimentando alegria,
viver meu tempo de emoções, amor e fantasia,
e ao final do tempo, subtrair o tempo de agonia.

Mas o tempo, que maltrata e faz tanto sofrer,
não há como impedir sua corrida voraz...
aproveitemos bem o tempo que nos faz viver,
até o tempo não nos dar tempo... de viver mais.





Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 07/10/2007
Reeditado em 04/04/2009
Código do texto: T684728
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.