NA JANELA

E quando me desperto, eu olho a janela a me perguntar,

Que outra coisa espero ou poderia procurar,

Quando sinto que seus olhos me encontram,

Na janela de um olhar que um dia quis me ocultar,

As perguntas pouco a pouco se derretem,

Como o sol que toca a neve e como sua mão me soube decifrar.

Onde estavam as cores? Que surgiram em um sorriso sem se explicar,

Onde foram as dores? Que fugiram em silêncio sem me avisar,

Onde estão os temores? O menino se fez valente, sem se preocupar,

E por onde andava o amor, antes desse olhar me encontrar...

E agora eu abro a janela para o vento entrar,

Meu coração se fez casa sua, onde pode habitar,

Quando senti que seus olhos me encontraram,

Na janela de um olhar que para ti não soube me ocultar,

As perguntas pouco a pouco derreteram,

Como o sol que toca a neve e como sua mão me soube amar.

Onde estavam as cores? Que surgiram em um sorriso sem se explicar,

Onde foram as dores? Que fugiram em silêncio sem me avisar,

Onde estão os temores? O menino se fez valente, sem se preocupar,

E por onde andava o amor, antes da vida nos apresentar?