Versos a você

Sua lágrima silente...

Em meu ser é uma lufada atra.

Seu olhar segredado em mádida,

Na minh' alma é uma estaca dolente.

Deixe - me precipitar, ao pego do seu ínfimo,

Haurir o feral cálix dos seus assomos.

Esmaecer seus celeumas esparsos,

Engelhar - me com seus padecer cavo,

Sofismar seu íntimo, com meus torpes idílios,

Entregar ao epílogo seus acerbos soluços,

Embeber - me com suas dolências bethovínicas.

Desvelar seus travos dissabores,

Inumar no silamento, seus tetros clamores,

Receber os látegos de suas vascas.

Em XXVI de junho de MMXI. E. V.

Dies martis.

Marvyn Castilho
Enviado por Marvyn Castilho em 01/02/2020
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