frente á tela

Frente à tela.

Ainda sob os efeitos da exposição,

que trouxe tanta decepção.

Ontem chorei. Hoje também.

Contudo as mesmas lágrimas que escorrem,

demonstram de fato quem é quem

Em meu coração não tem mais espaço para brigas,

intrigas, nem mentiras (ainda que as minhas)

Nesse espaço, de desabafo,

em meio à falta de compasso,

Verificou tudo o que faço.

Uma invasão

que custou minha reputação.

Coisas minhas, que me pertenciam.

Fui julgado, e odiado.

Julgamento que pesou na alma. No coração,

Eu sigo em frente,

para demonstrar a integridade que habita em mim,

embora crucificada, pré julgada.

Eu sigo assim.

Nos versos encontro alento,

ainda que por um momento.

Não querendo encontrar alguém

Que não possa ir além.

E ainda me disseram...

que não queria, que não valia, que não amaria

achou algo para se ir, quando nunca esteve de volta.

Ainda que eu abrisse a porta.

Nessa toada eu me despeço.

Ainda frente à tela,

com esperança de não ser julgado,

por alguém que um dia me senti amado.

Renan Giollo
Enviado por Renan Giollo em 17/02/2020
Reeditado em 18/02/2020
Código do texto: T6867997
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