Ilusionauta
Não sei se vivo
Ou se apenas observo a vida passar
Ilusões concatenadas
De uma ópera vulgar
Perdi minha lucidez
Minha alma esfarelou
Em amores que já são três
Peripécias da traiçoeira juventude
Oníricos são os sonhos
Embalsamados ou enfadonhos
No breu me encontro
Algo me aflige, a fragrância de macadâmia no ar
Minha paixão ardente jamais vou anunciar
Prefiro que me torture, me emocione, me envergonhe, amargure
Maldito o destino que fez de mim um íma
A noite cai em uma balada lunar
Pensamentos vagos fazem a mente tilintar
O que fazer se meu norte é seu sul?
Se sou a lua e você o sol?
Se sou paz e você Guerra?
Se sou Atena e você Zeus?
Se sou vento e você ar?
Se sou vida e você morte?
Se sou aquela que você já esqueceu?
Se o seu amor já foi tão profundo quanto o meu?