O PALHAÇO

O PALHAÇO

Mas que espécie tu vens a ser?

Acrobata da dor?

Te vestindo por fora de alegria e cor

E por dentro esparrama em lágrimas de rancor?

Tu es o maior palhaço que conheci

O mais triste que salta em melancolia

Saltitando a esconder em acrobacias toda tua dor

Entregando a plateia teu sentimento feito um amador

Faz da tua vida macabras piruetas

Gargalha e ri

Se mostra feliz no teu rubro nariz

Mas se afoga em sangue nas areias do teu deserto

Sufocando o teu calor

Em uma vida de triste fantasia e infeliz

Tu és o maior acrobata da dor

Que espalha entre risos e gargalhadas a tua falsa felicidade

Mas que escondes duramente o amor

Sozinho percorres tua vida em piruetas sem rumo

Afogas em teu coração

Todos os teus sentimentos em uma dor violenta

Com falsas gargalhadas se mostra ao mundo

Escondendo tristezas num sorriso amarelo e profundo

Retire sua maquiagem

Entregue ao mundo a tua coragem

Dispa-se do teu rubro nariz

Construa algo real

E se permita a ser feliz!

Todos os direitos autorais reservados

Fundação Biblioteca Nacional