ONZENA

Na minha onzena de vida restante,

tenho instantes.

Das novas caminhadas seguintes,

ocasionais a protesto

Encontrar o amor que fracassei, que

deixou cicatrizes

Queimaduras de uma paixão, das

quais jamais imaginei

Usarei as lamparinas, das parábolas

das noivas

Das simpatias, das rezadeiras antigas

Com suas cantigas

Artifícios, de emissores sensoriais, para

encontrar o menino arteiro

Nas artes nos cantos, na busca de ficção, de encanto

Não me olhes assim, não é competição

é declaração

Do que não pude falar, do que quero mostrar

Não retruques o que não sabes, não

dessa vez

Menino especial, não sabes, o segredo

que tenho

Necessariamente, começamos, lindamente

Mas não demos o trabalho de

terminar

Estou a tremer , embrulho-me em

capa nova

O sorriso desvanece tento adivinhar

o que já sei

ADELE PEREIRA

29/02/20

adele pereira
Enviado por adele pereira em 29/02/2020
Reeditado em 29/02/2020
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