Ofélia

Ó Ofélia,

Fazem-me alegre as tuas palavras

Quando a ti a satisfação vem delas

Mas são de atos, os meus devaneios.

Que pôr ti aguardas ansioso o meu olhar

Nem as nuvens que trovam os deuses

Soando em rajadas de vento o teu nome

És capaz de sucumbir-me

Sem que a mim, a esperança conceda-me este momento

Para servir a quem amo sem medo

Para sentir-te o vento

E não soprá-lo a ti

Como vestes as frases de meus lábios em teu corpo

Ó minha amada

Posso sentir-te em minha alma

Sem o rumo de um amor

Confusa em falsas palavras

Perdoai-me minhas mentiras

Deixai-me no alvorecer do teu dia

Nadar no céu dos teus olhos azuis

Sobre os ventos que exalam a flor

Minha bela Ofélia,

Como você disseste e querias

Que vulgares sejam os homens em sua vida

Mas que não mereceres os seus beijos

Pois não merecestes chorar sorrindo

És de um corpo perfumado e tão lindo

És de um puro prazer o teu olhar

Que te salienta a anca

És sempre tão livre

Meus olhos se fecham

Sentindo-te em meus braços

Ó minha bela amada.

Talvez eu seja tudo e não quero