Nevoeiro

NEVOEIRO

Presa sem se refrear

Confesso não me

Fascinar

Com o tumulto da força

Do tempo.

O templo tem confessório

Mas eu não busco perdão.

Entre as ruínas

Tem mistério e silêncio

E não se ouve mais

Poucas palavras de alento.

Vertigens de frases em

Lírios selvagens

Lágrimas que afloram

Demasiadamente.

E no orvalho da lua cheia

Eu catando estrelas

Gritando estéril

Reinventando onde eu devo

Ir.

Escorre em meu rosto

O fogo e a brisa

Tento conter a estrada

De tantas pegadas

E poeiras

No confim das horas

Pernas ariscas do mundo.

Daniel Gomez.

Dangomez
Enviado por Dangomez em 19/03/2020
Código do texto: T6891729
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.