O fruto de Julieta

Em talados e eufônicos corações, um menineiro amadurece.

Bem-sonante conforme o vergel em contos,

Mostradas em praças finantes, degraus galgantes.

A estrada que Julieta haverá trajado.

- Queres que Romeu retorne ao abrigo recôndito;

- Queres que Teobaldo a julgues por sua levez?

- Queres que saibam que sou Caputelo, o amante noviço?

Aquele que se anceia ao suor quente de seu corpo.

Amedrontado pelos fantasmas de sua beleza;

Avançado aos desejos de sua maceira;

Tocado em troca de peças.

O amante amordaçado pela sombra de sua aldrabice;

O calado nobre, retido em seu rigor fraudulento.

No entanto, fraquejado em sua lisura semente.

Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira
Enviado por Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira em 23/03/2020
Reeditado em 12/07/2020
Código do texto: T6894943
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.