AMANHECER

O que dizer-te, minha musa encantadora,

Se me escapam as palavras, ante a emoção

Que provocas?

Como expressar essa doçura do teu beijo,

A forma pura, como despertas meu desejo,

Se me tocas?

Tal descrição parece-me um pesado fardo,

A desafiar, constantemente, a pena deste bardo.

Tu tomas por completo o espaço do meu pensamento,

Fazendo-me recordar, de nós dois, cada momento,

Cada segundo...

Ao despertar, é para ti que se me volta a mente,

Como se de um sonho eu fosse arrancado, num repente,

Do nosso mundo...

E vejo, então, que não te encontras ao meu lado,

Já que o tempo é antes inimigo, que aliado.

Mas resta pouco para que estejas nos meus braços,

A caminhar comigo, acompanhar todos os passos

Que eu seguir...

E, no instante em que eu fitar o teu olhar,

Hás de surpreender-me, terno, a te contemplar

E a sorrir...

Porque não vi, dantes, nem na própria natureza,

O encanto e o fascínio que exerces com nobreza.

Esqueceremos, assim, a solidão e saudade,

Pois só terá lugar em nossas almas a felicidade

De amar...

Virás comigo, numa viagem rumo ao infinito,

Conduzidos pelo que o amor tem de mais bonito,

Sem par...

E nossos corpos, colados, hão de dar-se ao prazer,

Até que chegue ao nosso leito um novo amanhecer.

Bom dia, amigos.

Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 25/03/2020
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