O Ser
O ser que habita o meu ser
Caminha solitário sem um porquê
De tanto tropeçar os pés já nem lhe doem mais
Não sente e não sabe que sente
Cai e a alma descolada do corpo não lhe deixa doer
Não sente, mas não sabe que sente
Levanta-se e sem saber o porquê, segue em frente
Mas eis que um dia no meio de tanta gente
No seu caminho o sorriso mais doce cruzou
E ao piscar, no abrir dos olhos a alma voltou
E colada ao corpo lhe fez sentir novamente
E ao sentir permitiu-se e o coração se abriu
Recebeu em graça a pessoa que o sorriu
E surgiu atrás daquele sorriso doce algo que lhe atraiu
O brilho do seu olhar, que lhe fez inspirar
A harmonia das palavras e a suaves na sua fala
A leveza do encantamento
A admiração daquele momento
E o ser que habita ali voltou a ser
E agora sente e sabe o que sente
E já não caminha só no meio dessa gente