Olhares que se petrificam

Sinto falta do beijo que vem sem aviso

Das taças de vinho aos domingos

Das loucuras de amor já vividas

Sinto falta de um abraço quentinho

Das paixões que incendeiam o quarto

Dos porres em dias quentes

E do aconchego em noites frias

Sinto falta das flores que recebi

Das cartas que nunca mais mandei

Dos poemas que não mais recitei

Sinto falta dos olhares que se petrificam

Das mãos que se conversam

Dos beijos que se declaram

E dos toques que se percorrem