Antologia do amor
Em um vale de orquídeas amanheço todos os dias
Sinto-me forte, pois tu és meu pedúnculo, meu Norte
Sustentando-me em um imenso acumulo de rosas
Vermelhas, amor profundo, enfeites de mesa...
Meu cálice noturno, esperando ansiosa,
Seus beijos maduros, calei-me no escuro.
Torna-se minhas sépalas, deixo por instantes em teu
Receptor, minhas pétalas, corola esta é tua hora...
Em virtudes de fragilidade, vem em meu encontro
Procurando felicidade, meu eterno androceu
Em meu carpelo penetrar produzindo desse amor o pólen
Infinito, tornando teu, meu gineceu!
Vem em meu coração estilete ligando com paixão, estigma,
Violação do meu jardim, das orquídeas que desenvolve
Por oosferas, por amor, e sem espera, por que é hora
E mais uma vez cortada pela raiz, por que desta dor não as liberta¿