Noite

Noite ofegante

Onde o sono não chega.

Escuta o relógio fazendo

O pequeno barulhinho

“taque, taque, taque”.

O vento sopra lá fora,

Igual ao uivo do lobo solitário.

A cama parece um chão forte,

Cheia de pedras machucando o corpo solitário.

Vira-se na cama para um lado,

O outro ainda é pior.

Um copo de água no pote,

Desce refrescando a garganta quente.

Um suspiro de alívio

Semelhante ao frescor da noite.

Os olhos ainda estão atentos,

Abertos, ao extremo.

O abraço do amor é forte,

Não chega ao fogo da vida.

Uma buzina soa longe,

Parece ser uma eternidade.

A noite não passa,

Nem mesmo o sono se aproxima.

A vida ainda suspira,

Por uma bela e meiga palavra:

“ Eu te amo”.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 27/04/2020
Código do texto: T6930607
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