O poeta que sou
Sempre ouvir dizer que poetas eram solitários
Fato esse que eu nunca quis acreditar
Talvez para não admitir que minha vida era um pesadelo
Alimentado por sonhos que nunca conseguir realizar.
Palavras soltas surgiam na minha mente
E num pedaço de papel eu traduzia as alegrias e tristezas do meu coração
A poesia era como um amigo, um confidente,
O travesseiro que segurava minhas lágrimas nas horas de solidão.
Assim como uma linda rosa que possui espinhos
Conheci também o amor e todo contraste que ele traz
E como um perfume único que inebria e te adormece
Com o tempo sua fragrância perde o cheiro e se desfaz.
Na minha cabeça tenho muitas perguntas sem respostas
Mistérios que a vida não me devem explicação
Pois dessas dúvidas nasceu o poeta que sou
E talvez tenha sido essa minha grande realização.
Talvez eu sinta mais do que muitos
E nas minhas linhas descrevo alegrias e aflições reais
E como na espera de um milagre
Eu só desejo ser enterrado como todos os mortais.