Amo-te
Amo-te quando o ar preenche cada pulmão
e assim que o devolvo de volta ao espaço
amo-te ao sentir o calor da sua respiração
durante todos minutos em seu abraço
Amo-te quando vejo o sol raiar
agraciado pelo desenho da sua face em nuvens passageiras
amo-te assim que escuto o galo cantar
e hasteio em meus universos seus sorrisos como bandeiras
Amo-te quando o céu se despede da luz solar
e a cidade é iluminada pelos faróis dos carros
amo-te nas horas que admiro o brilho do luar
enquanto devoro solitários cigarros
Amo-te quando tento traduzir as linhas que compõem seu ser
escritas com palavras que não existem em dicionários
me fascino deslizando pelos mais belos parágrafos que pude ler
tu és livro mais inspirador que meros discursos revolucionários
E quando me deito, esses meus frágeis olhos começam a fechar
desse ato chamo como testemunha meu mortal coração
pois ele sente a tal ponto que em código Morse começa a bombear
e se ousares traduzir, ouvirá ele recitando singelos versos de paixão
construídos apenas pra que um sentimento possas lhe expressar
amo-te