ARPEJOS DE POESIA

E tudo se permite perfeito em nossos beijos

Da tua lingua que me acha em delírio

Do teu delírio que me acha em nuvens

Assim, nos desconectamos do real

Saltamos a fronteira das nossas dimensões rasgadas

E Criamos o mundo das nossas diferenças pardas...

E tudo se permite infinito em nossos abraços

A ferrugem inconsciente das cordas da minha guitarra

O canto do vento pelo canto da janela da cozinha

Teu sorriso, teu olhar, tua pele...

E tudo se permite vasto, casto, pecador,

Pois quando toco teu desejo

Sinto-me arpejos de poesia

Execução sucessiva de versos

Acordes da ironia dos caminhos traçados

Os nossos caminhos entrelaçados

Ventania...Sinfonia...Sintonia...