Rute e Boaz

Benignamente: colha as espigas do verão,

e eu debulho sobre ti todos os grãos do cílios

e a fonologia das flautas e das canções,

estenderei os campos para ti.

Deixe que eu deite aos teus pés

e que plante sementes, que brotam do teu corpo...

refletidas nas minhas retinas,

tu guardarás o que darei-te para matar a fome dos

[teus dias.

E tu tecerás só comigo,

prometo-te que serás minha mulher,

quando a chuva vir de longe com o aviso

da lavoura crescendo na brisa.

Então casarei contigo dignamente

e tu serás qual planta que nasce a flor,

qual árvore que nasce o fruto:

nosso filho.

Leandro Ferreira Braga
Enviado por Leandro Ferreira Braga em 01/06/2020
Código do texto: T6964307
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