MUSA LEVE
A lágrima que vem da alma é poesia que escorre...
Nuvem que era e será, comungando imaterialmente com ar.
Imanta a retina com a luz interior...
E você, musa leve, levita entre letras e o todo.
Simbiose da presença com a claridade solar,
para que eu veja e traduza a misteriosa palavra encontrar.
És a brisa e o orvalho, e a poesia:
silêncio dito na linguagem do olhar.
A flor que perfuma em quietude emana
só e totalmente.
Aroma sutil e visceral.
Musa, refletindo o som interior da montanha
que há em cada entranha...
alta e profunda...
Simples como perceber que a vida é encontrar.