LENTE DO AMOR
Tem a acerbidade do fel
E a morbidade da apatia
A vida despida de amor
É colmeia sem mel
Sorriso sem alegria
Primavera sem flor
Sem a lente do amor verdadeiro
A vida parece o silencioso descer
Da noite sem estrelas cantantes
E as cores vivas do mundo inteiro
Que pintavam a tela do alvorecer
Perdem o brilho que tinham antes
O amor é chama
Verão que arde
Suavemente
É voz que clama
Na imensidade
Eternamente